O encontro de sábado serviu, assim, para dar seguimento ao período de discussão pública dos projetos do Plano Ciclável de Coimbra, para recolher contributos dos participantes e para criar grupos de trabalho de debate sobre a temática, que puderam analisar as plantas dos projetos em discussão do Plano Ciclável de Coimbra. Durante quatro horas, debateu-se o Plano Ciclável e partilharam-se experiências sobre o uso diário da bicicleta, sendo que todos os contributos recolhidos vão, agora, ser tidos em consideração. De salientar, ainda, que os participantes aceitaram o desafio da Câmara Municipal e vieram, em grande número, de bicicleta até ao local.
A escolha da EB 2/3 Alice Gouveia deveu-se ao papel pedagógico que as escolas devem ter na sensibilização para a utilização da bicicleta como um meio seguro, saudável e defensor do meio ambiente, e também porque um dos troços que foi apresentado é próximo deste estabelecimento de ensino.
Recorde-se que o executivo municipal aprovou, na sua reunião de 5 de fevereiro, uma proposta para o Plano Ciclável de Coimbra, com a criação de 209 quilómetros de novas ciclovias em continuidade com a rede atual, que tem 26 quilómetros e que se encontra, atualmente, em fase de discussão pública. Todos os documentos podem consultar-se aqui. Este plano encontra-se alinhado com a Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa Ciclável 2020-2030, sendo intenção da autarquia promover comportamentos compatíveis com o desenvolvimento sustentável e, em particular, com a proteção da qualidade do ar, com a mitigação do aquecimento global, com a redução do ruído e divulgação de soluções de transporte amigas do ambiente “0 emissões de CO2”.
Importa ainda referir que, na mesma reunião, foi votado o estudo prévio para a “Extensão da ciclovia de Coimbra à Solum – Eixo Alto de S. João/Cidral”, identificado no Plano Ciclável de Coimbra como prioritário. Com esta extensão, pretende intersetar-se a ciclovia do Vale das Flores com a extensão à Solum. A extensão da ciclovia de Coimbra à Solum apresenta-se como um “grande desafio” por ser uma intervenção num tecido urbano consolidado e denso, com grandes volumes de circulação rodoviária e elevada pressão de estacionamento.
É, também, uma zona onde a circulação pedonal é intensa, muito devido à grande presença de usos mistos (habitacionais e variados serviços, comércio e educação). Estima-se que custe 2,8 milhões de euros. Este valor é extrapolado, segundo os serviços municipais, da estimativa orçamental do projeto da Estrada da Beira, elaborado em 2018, e dos valores de obra para trabalhos similares, atualmente, em curso, nomeadamente na Estrada de Eiras e as ciclovias da primeira fase.
Créditos fotográficos: Câmara Municipal de Coimbra | Tiago Costa