30 Abril 2021

Em Coimbra, primeiro-ministro desafia municípios para utilização plena da “bazuca”

Em Coimbra, primeiro-ministro desafia municípios para utilização plena da “bazuca”

O primeiro-ministro agradeceu hoje aos municípios pelo papel desempenhado no combate à pandemia e desafiou que estes se mobilizem para a utilização plena do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), numa cerimónia em que o presidente da Câmara de Coimbra e da Associação de Municípios, Manuel Machado, também evocou a pronta resposta das câmaras municipais no último ano e defendeu a regionalização.

“Comecem desde já a preparar os projetos”, disse António Costa, no Convento São Francisco, em Coimbra. O líder do Governo falava no encerramento da cerimónia de apresentação dos projetos de reabilitação e valorização fluvial, que inclui a intervenção em 150 quilómetros de linhas de água e 50 massas de água, abrangendo 55 municípios, num investimento de 50 milhões de euros, que tem de estar concretizado até final de 2023. Entre estes investimentos, está previsto o financiamento na ordem dos 480 mil euros para a Câmara de Coimbra reabilitar o rio Mondego, para montante da ponte da Portela.

 

Salientando que o Governo já fez a sua parte, com a negociação da existência do PRR e a sua elaboração, o primeiro-ministro disse que Portugal está a fazer também a “sua parte” para que seja aprovado até ao final da presidência portuguesa da União Europeia e possa começar a ser executado ainda neste Verão.

Para António Costa, “é fundamental ter a mobilização dos municípios” para a execução do PRR, pelo que pediu para que estes se preparem para “fazer bastante mais, porque temos uma oportunidade única no país que temos de responder e só o faremos positivamente se o fizermos em conjunto”. “Já provaram bem que o podem fazer e até melhor do que a administração central, portanto o que peço é que até 2026 façam mais, melhor e cumpram este PRR”, sublinhou.

 

Manuel Machado, que preside à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), disse, na sua intervenção, que a descentralização “é mesmo o caminho certo para construir um país mais desenvolvido, mais equilibrado e coeso”. O autarca pretende passar à “etapa seguinte” da regionalização, que “irá garantir a melhor e mais rápida implementação das políticas que implicam horizontes mais largos do que os dos municípios por si só”.

“A regionalização obriga a um debate alargado e muito amplo da sociedade portuguesa consigo própria e obriga, naturalmente, a um referendo”, sustentou o presidente da Câmara de Coimbra, salientando que “é nisso que todos devem trabalhar”.

 

Assista à cerimónia aqui:

 

Antes desta cerimónia, o presidente da CM Coimbra e o vice-presidente da APA assinaram um protocolo para a cedência, à autarquia, dos terrenos da Feira dos 7 e 23, do Centro Hípico, da Mata da Geria e de troços de estradas marginais. A formalização deste acordo permitirá que a CM Coimbra avance com a realização de intervenções de melhoramento, designadamente a requalificação do recinto da Feira dos 7 e 23, a construção de um percurso pedonal e ciclável na margem direita do Mondego que atravessa a Mata da Geria até ao limite do concelho, a recuperação da própria mata e de estradas na margem do rio e a criação de um centro educativo ambiental.

 

LUSA / CM Coimbra

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