21 Dezembro 2021

Risco de colapso de conduta implica alterações à empreitada de requalificação da margem direita

Risco de colapso de conduta implica alterações à empreitada de requalificação da margem direita

A Câmara Municipal (CM) de Coimbra aprovou ontem, em Reunião de Câmara, uma proposta de supressão de trabalhos da empreitada de requalificação da margem direita do rio Mondego, devido ao risco de colapso de uma conduta adutora da Águas do Centro Litoral.

“A adutora da [Avenida] Fernão de Magalhães [na Baixa da cidade] está a degradar-se e, portanto, em risco. O PS ignorou durante oito anos este problema, adiando decisões para o futuro e não conversando com a Águas do Centro Litoral para se fazerem as obras da nova adutora. É das situações mais graves que herdámos”, afirmou aos jornalistas, no final da reunião, o presidente da CM de Coimbra, José Manuel Silva.

 

Para o edil, a principal preocupação da autarquia é “a segurança das pessoas e da Baixa de Coimbra”, tendo encetado conversas com a Águas do Centro Litoral (AdCL) para aproveitar as obras de requalificação na margem direita do Mondego, na Avenida Cidade de Aeminium, para construir uma nova adutora.

 

“Ficámos estupefactos por recebermos esta bomba atómica”, realçou, referindo que a solução passa por construir a nova adutora na Avenida Cidade de Aeminium, descartando a hipótese de a instalar por baixo do percurso futuro do Metrobus, por atrasar as obras desse Sistema de Mobilidade e por obrigar ao levantamento dos carris antes do tempo.

 

Segundo José Manuel Silva, se a CM de Coimbra tivesse “conversado em devido tempo com a Águas do Centro Litoral, ter-se-ia aproveitado as obras, sem transtorno e sem despesa”.

Os custos com a nova adutora serão da responsabilidade da AdCL, podendo atrasar em “ano e meio ou dois anos” a requalificação daquela zona ribeirinha, implicando também a manutenção do encerramento à circulação viária naquela avenida.

 

A empreitada de requalificação do espaço público na margem direita do rio Mondego está em curso, desde agosto de 2020 entregue à empresa Alberto Couto Alves, S.A., que venceu o concurso público. Um investimento de cerca de 9.950.746,21 euros (IVA incluído), com um prazo de execução de 540 dias, tendo a obra comparticipação europeia de 85%, através do POSEUR, no âmbito do quadro comunitário de apoio Portugal 2020, assegurando o Município de Coimbra a contrapartida nacional (15%).

 

Atualmente com uma execução financeira de 64,91% do valor global previsto contratualmente e com a conclusão da obra prevista para a primeira quinzena de julho de 2022, a empreitada vai agora sofrer alterações com o objetivo de compatibilizar o projeto em execução com os futuros trabalhos nas infraestruturas do troço Portagem/Estação Coimbra A do Sistema de Mobilidade do Mondego, a cargo da Águas do Centro Litoral.

 

Depois de analisadas várias hipóteses, a solução preconizada pelos serviços municipais passa pela supressão de trabalhos da empreitada, que se estimam em cerca de 447 mil euros. Esta opção vai permitir a disponibilização dos passeios da zona ribeirinha para fruição da população, assim que concluídos, mas irá implicar a manutenção do encerramento à circulação viária na Av. Cidade Aeminium.

 

 

LUSA /CM Coimbra

Your browser is out-of-date!

Update your browser to view this website correctly. Update my browser now.

×