15 Março 2021

Coimbra quer reduzir impacto da hipertensão, obesidade e diabetes

Coimbra quer reduzir impacto da hipertensão, obesidade e diabetes

A Câmara Municipal de Coimbra vai procurar reduzir o impacto da hipertensão, obesidade e diabetes nos seus residentes, já que são as principais causas de morbilidade no concelho, de acordo com o Perfil Municipal de Saúde apresentado hoje. “A saúde deve e tem de ser uma prioridade de todos, pelo que assumimos o desafio de colocar a saúde no centro de todas as políticas autárquicas, tornando a nossa bela e encantada cidade mais inclusiva e saudável, para que possa ser fruída e usufruída pelos jovens de todas as idades”, disse o presidente da Câmara, Manuel Machado, à agência Lusa.

Segundo Manuel Machado, estas são áreas com bastante impacto na saúde dos conimbricenses e para as quais o município vai procurar respostas em articulação com os especialistas para aconselhamento e atividade pedagógica para reduzir os seus impactos, sobretudo na “obesidade e diabetes”.

 

Na manhã de hoje foi apresentado o Perfil Municipal da Saúde, referente à primeira fase da Estratégia Municipal de Saúde, cujo trabalho se iniciou em março de 2020, ainda antes da pandemia da COVID-19, em articulação entre a Câmara de Coimbra e uma equipa de investigação contratada do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da Universidade de Coimbra.

 

O objetivo da Estratégia Municipal de Saúde “é aumentar a esperança de vida, incentivar a qualidade de vida e continuar a desenvolver as políticas que permitiram, por exemplo, que Coimbra seja um dos municípios do país onde a taxa de mortalidade infantil mais reduziu no país e na Europa”, refere Manuel Machado.

 

Por outro lado, acrescenta, “é continuar a incentivar os serviços públicos coletivos, em que é exemplo os transportes, a qualidade da água e a contenção na fatura da água para as pessoas poderem encontrar soluções ou esperança em soluções”. “Outra componente é a qualidade de habitação, que está incluída na estratégia municipal de habitação que, neste momento, tem em curso, no terreno, intervenções na ordem dos 11 milhões de euros”, salienta Manuel Machado.

 

No diagnóstico efetuado, o cancro do reto e do canal anal surge como uma das principais causas de morte no concelho de Coimbra.

 

Os homens são os mais afetados pela hipertensão, obesidade e diabetes, mas, na depressão, as mulheres apresentam uma taxa de doença superior ao dobro relativamente aos homens.

A obesidade está relacionada com a tipologia da área de residência, com os habitantes da parte urbana da cidade a registarem taxas de incidência mais baixas do que na zona rural ou periurbana. Neste capítulo, regista-se também menos taxa de incidência nas pessoas com maior grau de escolaridade, que são aquelas que mais praticam atividade física.

 

Relativamente aos dados sobre a qualidade de vida da população de Coimbra, o Perfil Municipal de Saúde regista uma formação superior dos seus habitantes (superior ao dobro da média nacional), uma taxa de desemprego abaixo da média nacional (4,4% em 2019) e salário médio mensal superior ao da área da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra.

 

O documento realça ainda que o tempo de viagem entre a residência da população e os serviços hospitalares apresenta uma média de 11 minutos e que os estudantes do ensino obrigatório (12.º ano) residem a menos de 30 minutos das escolas em viagens nos transportes coletivos.

 

Durante as próximas semanas, de acordo com o presidente da Câmara, a equipa responsável vai trabalhar nas ações específicas e medidas a implementar para concluir o plano estratégico de ação.

 

LUSA/ CM Coimbra

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